quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Abatedouro da Alma



"O que nos difere dos animas? Dos outros seres?". Alguns filósofos ocuparam-se de sua questão, algumas vezes, dedicando ensaios apenas a essa simples - porém, complexa - pergunta.

E convenhamos, nunca houveram tantas respostas que confundiram nossas cabeças: alguns apontam que o ser humano é o único animal capaz de racionalizar. Outros dizem que somos tal como os outros animais. Alguns falam que nós somos os únicos seres vivos capazes de manipular a natureza a nosso favor, enquanto outros apontam que o caos é o melhor e o único destino para a humanidade.

Entretanto, nenhuma dessas respostas são plausíveis. O que os difere é alo que chama-se "Esperança".

Um boi no abatedouro não sente esperança, pois não consegue entender o que está acontecendo lá - e  mesmo que soubesse o que estaria acontecendo, sua reação seria domada pelo instinto de auto-preservação, algo que não é a "esperança" propriamente dita.

Agora, um ser humano em um abatedouro é outra história.

Como pode-se perceber, apenas seres racionais puderam desenvolver e representar tal sentimento tão complexo para nossos amigos animais. Entretanto, podemos dizer que a esperança não se passa de algo que evoluiu a partir dos "instintos" de auto-preservação e que se funde com outras coisas: otimismo e determinação. A certeza de que algo irá acontecer, mesmo que as probabilidades sejam inferiores a 1%.

Tão estúpido.

Ver a esperança como algo bom é a grande ruína do humano. Você não entende como me sinto ao ouvir as pessoas falando sobre isso. Sobre nossa maldição.

Sim, nós somos amaldiçoados. Para ser mais exato, fomos criados e programados para sentir a esperança. Somos nada mais que alimento para outros seres... Seres de outro plano que  esperam ansiosamente pelo seu alimento. Desse ponto de vista, não somos tão diferentes de bois num abatedouro, não é?

Você já pode ter notado em seu grupo de amigos ou então ao decorrer da vida que existem vários tipos de pessoas e que cada uma pensa respectivamente de uma maneira diferente, correto? Errado. De um ponto de vista geral e simples, existem três tipos de maneiras de ver a vida, cada uma delas torna mais fácil diagnosticar quanta esperança nós temos - e dessa formas, os seres extra-planares saberão quem está pronto para... Como nós dizemos? Partir.

As pessoas que pensam no presente são as mais comuns. Geralmente, seu nível de esperança é estável e raramente interessam Eles. Podem ser comparados com vegetais que não madureceram ainda. Mais tarde ou mais cedo, acabam partindo sem que Eles tomassem algum esforço para tal, por isso, geralmente tomam uma visão do mundo previsível: vivendo uma vida boêmia, vazia ou lenta. Como não têm expectativas para o futuro - e a esperança está profundamente ligada a isso - suas alma são apenas aperitivos. Alguns que caíram nas drogas e em outros vícios ostentam de uma alma apodrecida que Eles não tem interesse, deixando-os para serem devorados por seres extra-planares de nível inferior.

A segunda visão de mundo é a que trata do passado. Os indivíduos que desistiram de um futuro melhor e que vivem tentando afogar-se em seus antigos amores, dias de glória e felicidades. No  geral, não aceitam o presente e suas esperanças em tentar recriar o passado são tão grandes que fecham-se em um mundo só deles, pouco a pouco perdendo a sanidade e perdendo a vontade de viver. Usando a metáfora do abatedouro, seriam os bois que perceberam o que acontecia, tentaram pular as cercas e, frustrados por não conseguirem, correram para o abatedouro para diminuir sua agonia. Suas almas são corroídas por dentro e partem sem demora. Entretanto, Eles não gostam delas: são fracos.

A terceira e última se trata do futuro. Eis aqui um dos poucos indivíduos que Eles consomem, que apenas os  Elevados desejam. Entretanto, nem todos que olham para o futuro possuem as almas que Eles desejam: os ambiciosos, que usaram os outros como degrau para atingir o objetivo tão almejado possuem a alma apodrecida por dentro e os que sempre olharam para o futuro com medo, possuem almas pequenas e covardes.

Por fim, só restaram as pessoas otimistas e virtuosas. As que possibilitam que a "safra" saia como Eles queiram.

Isso mesmo, os reais demônios são os que enchem os outros de esperança. Mas não os culpe - os otimistas fazem isso involuntariamente. É como uma bala dentro de um revólver. Ela é o que mata, mas não é considerada o agressor. Afinal, a intenção da bala é apenas ser ejetada. O que conta mesmo é a intenção de quem puxou o gatilho.

Como se cria um otimista? Primeiro, dê tudo o que ele deseja logo que nasce. Pode fazer isso dando fortunas e felicidade durante a infância ou a adolescência. É um processo muito longo que compensa no final. Depois, tire tudo isso dele. Tire o que ele considera mais importante em sua vida.

Ele estava apaixonado? Dê um fim trágico ao seu amante. Ele finalmente conseguiu dinheiro para a faculdade? Faça uma doença surgir em alguém de sua família para que ele use o dinheiro. Ele é feliz? Ponha em sua consciência motivos para se sentir triste.

Tudo isso para que, quando o evento-chave ocorrer, o indivíduo seja povoado pela esperança - e assim, passe a desejar um futuro melhor.

Ele transmitirá sua mensagem com empolgação aos outros indivíduos, os outros dirão "se ele conseguiu, eu consigo!" e estarão fadados a serem alimentados com a esperança. E a esperança é a importante ferramenta que desenvolve as virtudes, a benevolência e a pureza que Eles tanto gostam. A doçura da alma dos esperançosos supera todos os prazeres que uma vida terrena já pôde experimentar.

Conhece alguém assim? Algum otimista que, com empolgação e paixão fala de seu futuro? Fala sobre a luta por um objetivo? Para um sentido em sua vida?

Quando ver esse sujeito, evite que os planos deles se cumpram. Estraçalhe com suas palavras os sonhos dele. Negue suas expectativas. Use da razão e das probabilidades para impedir que sua palavra se prolifere - e assim, você poder salvar os outros.

Vão te chamar de "gelo-seco", de "coração-de-pedra" ou até mesmo de "insensível" ao fazer isso com os outros (especialmente com as crianças). Mas, no outro lado, eles irão te agradecer. Quando descobrirem a terrível verdade. Que não existe esperança. Não existe sanidade. Não existem humanos e animais, apenas animais de almas suculentas e animais de almas podres. Não existe fuga. Não existe luta. Não existe resistência.

Só existe o abatedouro, no final do corredor... E uma verdade.

A de que a esperança é a última que morre.

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Experiência dos Sentidos

Em 1983, uma equipe de cientistas profundamente religiosos conduziram um experimento de proporções radicais. Os cientistas teorizaram que um ser humano sem acesso a qualquer sentido ou qualquer outra forma de estímulo, seria capaz de perceber a presença de Deus. Eles acreditavam que os cinco sentidos vedados elevariam consciência, e assim um ser humano poderia realmente estabelecer contato com Deus pelo pensamento. Um homem idoso que alegou ter "nada para viver" foi o único voluntário para o teste. Para purgár-lo de todos os seus sentidos, os cientistas realizaram uma operação complexa em que todas as conexões nervosas sensoriais para o cérebro seriam cirurgicamente cortadas. Embora eles tenham cortado os sentidos, não privaram ele das funções vitais. Mesmo assim ele não poderia ver, ouvir, saborear, cheirar ou sentir. Com nenhuma maneira possível de se comunicar com sentidos ou mesmo o mundo exterior, ele estava sozinho com seus pensamentos.

Cientistas monitoraram ele através de uma tela que decodificava suas ondas cerebrais, convertendo em código binário que sera mais tarde interpretado e solucionado. Primeiro ele "falou" sobre o seu estado de espírito, frases arrastadas que, se pudessem ser ouvidas seriam. Depois de quatro dias, o homem alegou ser silenciado ouvir, vozes ininteligíveis em sua cabeça. Assumindo que foi um início de psicose, os cientistas deram pouca atenção às preocupações do homem.
Dois dias depois, o homem gritou que ele podia ouvir sua esposa morta de falar com ele, e ainda mais, ele poderia se comunicar de volta. Os cientistas ficaram intrigados, mas não estavam convencidos até que o sujeito começou a nomear parentes mortos dos cientistas. Ele repetiu informações pessoais para os cientistas que apenas seus cônjuges e pais mortos teria conhecido. Neste ponto, uma parcela considerável de cientistas deixaram o estudo.

Depois de uma semana de conversar com o falecido através de seus pensamentos, o assunto tornou-se aflito, dizendo que as vozes eram esmagadora. Em todo momento, sua consciência foi bombardeado por centenas de vozes que se recusou a deixá-lo sozinho. Ele freqüentemente se jogou contra a parede, tentando provocar uma resposta à dor. Ele pediu aos cientistas de sedativos, para que ele pudesse escapar as vozes de dormir. Essa tática funcionou durante três dias, até que ele começou a ter terrores nocturnos grave. O assunto repetidas vezes disse que ele podia ver e ouvir os mortos em seus sonhos.

Apenas um dia depois, o assunto começou a gritar e garra em sua não-funcionais olhos, na esperança de sentir algo no mundo físico. O sujeito histérico agora disseram que as vozes dos mortos eram ensurdecedores e hostil, falando do inferno eo fim do mundo. Em um ponto, ele gritou "Não céu, nem perdão" por cinco horas seguidas. Ele continuamente implorou para ser morto, mas os cientistas estavam convencidos de que ele estava perto de estabelecer contato com Deus.

Após o outro dia, o assunto já não podia formar frases coerentes. Aparentemente louco, ele começou a morder pedaços de carne de seu braço. Os cientistas correu para a câmara de ensaio e conteve a uma tabela para que ele não poderia se matar. Depois de algumas horas de ser amarrado, o assunto parou sua lutando e gritando. Ele olhou fixamente para o teto como lágrimas silenciosamente com listras em seu rosto. Durante duas semanas, o assunto tinha que ser manualmente reidratadas devido ao choro constante. Eventualmente, ele virou a cabeça e, apesar de sua cegueira, fez contato com os olhos focados com um cientista, pela primeira vez no estudo. Ele sussurrou "Eu tenho falado com Deus, e ele nos abandonou", e seus sinais vitais parado. Não havia causa aparente da morte.

Do Outro Lado


Como deve saber, nos tempos mais tenros do homem, ele era obrigado a caçar e enfrentar vários perigos. Se seu cérebro levasse muito tempo para entender que um tigre vai atacá-lo, provavelmente o homem morreria. Por isso, o nosso organismo age muito rápido em momentos de perigo: o cérebro registra mais memórias, a adrenalina o torna mais forte, as pupilas se dilatam...

Por isso, quando você for atacado por algum cachorro, por exemplo, suas memórias ficam confusas e a duração do ocorrido vai parecer maior do que realmente foi: seu cérebro trabalhou a todo vapor para garantir sua sobrevivência. Mas é justamente nessas situações que há coisas que são tomadas como inexplicáveis.

Há relatos de pessoas que passaram por momentos de vida ou morte e ouviram sons que não existiam, como gritos, latidos, sombras...

A maioria dos pesquisadores do assunto dizem que são alucinações - criadas pela própria pessoa. O pânico desestabiliza as funções neurais e os tais barulhos saem desse pequeno "bug".

Só que ninguém tem coragem de arriscar palpitar sobre a tênue barreira entre a vida e a morte. Alguém pode estar do seu lado e em uma simples fração de segundo, morrer. A vida nunca foi algo tão precioso e frágil, prova disso é que hoje todos optam por minimizar baixas e apelam para éticas humanistas e etc.

Quando alguém está, por exemplo, fugindo de um assaltante, a adrenalina é injetada no sangue, as pernas correm como nunca correram e essa pessoa pode ouvir os já citados sons tomados como "inexistentes". Eles não são inexistentes. Estão realmente ali.

Quando a tênue barreira entre a vida e a morte está próxima, ouvimos os sons daqueles que estão do outro lado. Dos lobos, das almas atordoadas, do bicho-papão... Tudo isso em uma linha invisível que nos separa "do outro lado". Certa vez me perguntaram, "você já passou por algo parecido? Realmente teve as tais alucinações?" E eu respondo:

- Eu não sei. Mas sei de uma coisa: algum dia, quando a morte bater a porta, eles estarão nos esperando... Do outro lado.




quarta-feira, 15 de agosto de 2012

SCP-018 - Superball


Item #: SCP-018

Classe Objeto: Seguro / Euclides

Procedimentos Especiais de Contenção : SCP-018 deve ser contida em metal especial dentro de um(1) m por um(1) m por um(1)m de caixa selada e forrada com estofamento sintético pesado. A caixa selada é então submersa no centro de um tanque de m 10 por 10 m por 10 m de polietileno de retenção. Se SCP-018 é quebrar a caixa, o polietileno e suas propriedades viscosas vão desacelerar a atividade cinética o suficiente para a recuperação adequada do pessoal de contenção. Pessoal que entra SCP-018 da câmara de retenção hão de usar plaqueamento especializado (encontrado dentro da ala de observação do SCP-018 ), e um aparelho de respiração antes de ser baixado para dentro do tanque de polietileno. Se SCP-018 é solto fora do tanque de polietileno, o pessoal são aconselhados a dirigirem-se em uma sala separada de portas estreitas ou escotilhas para isolar SCP-018 até que as equipes de contenção chegar.

Descrição: SCP-018 tem a aparência de uma bola feita pela empresa Wham-O, em 1969. Possui seis (6) centímetros de diâmetro e é de cor vermelha. Encontrado quando o █ █ █ █ █ █ █ █ █ █ empresa foi contatada para limpar um armazém que tinham mercadorias Wham-O nele. SCP-018 foi anotado por ser capaz de saltar com altura extrema. No primeiro pensava-se ser um agradável brinquedo de criança, no entanto, SCP-018 era capaz de saltar com mais de 200 por cento (200%) de eficiência (isto é, se cair um (1) metro,poderia saltar dois (2), em seguida, quatro ( 4), em seguida, oito (8), em seguida, dezesseis (16)). A bola logo se tornou um projétil perigoso, alcançando velocidades estimadas em mais de 100 km / h, causando danos materiais e ferindo cinco (5) pessoas na cidade de █ █ █ █ █ █ █ █ █ █ █ █ █. Ele veio para contenção depois de vários dias no lago das proximidades de █ █ █ █ █ █ █ █, e foi recuperado por pessoal SCP. Devido à velocidade do objeto - e a surpresa total por suas vítimas - nenhuma história de encobrimento foi exigida ou iniciada.



Documento # 018-04: Mensagem para █ O5-

█ █ █ █ █ █ █ █ █, espero que tudo esteja bem. A razão de eu escrever para você é porque eu acredito que encontrei um método mais eficaz para a recuperação de novos objetos SCP que escaparam. Sim, eu percebo que nós não tivemos qualquer progresso na engenharia reversa, por isso, com o uso do SCP-018 que permite que desafiemos as leis da termodinâmica, obteremos um método muito eficaz para a integração de novos objetos SCP, assimilando o codinome: Superball com Armaduras SCP-A5 . Apenas me ouça, que implantá-la na parte inferior de uma bota, como um dispositivo mecânico, e "ta-da", a armadura é agora capaz de saltar bem mais de um edifício. Além disso, se o utente tem o pé contra algo que eles querem morto, bem, vamos apenas dizer um pontapé, a tal "superbota" é extremamente útil. Tudo que preciso é a permissão para modificar uma das pré-existentes armaduras SCP-A5, e você será capaz de realmente capturar o █ █ █ █ █ █ █ █ █ █ █ █, além de qualquer outro objetos SCP que escapou . Confie em mim, quando é que eu te decepcionei no passado?

-Dr. █ █ █ █ █ █ █ █ █


Documento n º 018-06: Carta ao Dr. █ █ █ █ █ █ █ █ █

Dr. █ █ █ █ █ █ █ █ █,

Ao Agente de atribuição, █ █ █ █ █ █ foi emitido a sua modificação a armadura SCP-A5 em recuperar SCP-█ █ █, os resultados são mistos. Agente █ █ █ █ █ █ foi capaz de colocar o █ █ █ █ █ █ █ █ █ █ colar para SCP-█ █ █, persegui-lo e contê-lo por desmembramento. No entanto, devido a uma avaria do seu "dispositivo mecânico", ele foi lançado quase uma milha para o ar e sofreu duas pernas e sete costelas quebradas, um braço deslocado e uma fratura no crânio após bater na água do lago █ █ █ █ █ █ █ █ █ █ █ no caminho de volta para baixo. Repare nisso antes de autorizar sua armadura para uso comum.

Documento # 018-11: Mensagem para █ O5-

█ █ █ █ █ █ █ █ █, não se preocupe, ele é fixo. Mas, eu tenho mais algumas idéias. Se eu puder ser usar um pouco de água do SCP-006 , SCP-█ █ █ e, possivelmente, SCP-█ █ █, eu posso entregar-lhe um conjunto de armadura SCP-A5 em que um agente será capaz de capturar qualquer, se não todos, os objetos não atingidos SCPs. Tudo o que eu estou esperando é a sua aprovação.

SCP-017 - Pessoa de Sombra

Item #: SCP-017

Classe Objeto: Keter

Procedimentos especiais de contenção : SCP-017 está contido em um medidor de 0,169 pés cúbico (seis (6) pés cúbicos) em uma gaiola de vidro acrílico centralmente suspensa em uma sala de concreto medindo 5,5 metros x 5,5 metros x 4,27 metros (18 pés por18 pés por 14 pés) . Presos às paredes, o teto e o piso da sala são iluminados por holofotes de lâmpadas de arco apontados diretamente para a gaiola de acrílico, para garantir que SCP-017 esteja constantemente exposta à luz de todos os ângulos. Pessoal designado para a sala de controle SCP-017 são para monitorar a funcionalidade dos holofotes e do sistema gerador de emergência e chamar para a manutenção imediatamente após o conhecimento de uma lâmpada queimada ou um problema com o gerador.

A única circunstância em que é permitida a entrada de pessoal é para substituir as lâmpadas. Pessoas que entrarem na sala são obrigados a usar os designados ternos de corpo inteiro reflexivo, e devem ser advertidos para não pisar na frente dos holofotes funcionais.

Descrição: SCP-017 é uma figura humanóide aproximadamente 76 centímetros de altura (2 pés e 6 polegadas), anatomicamente semelhantes a uma pequena criança , mas sem características visíveis de identificação. SCP-017 parece composto de uma sombra, de aspecto fumo e ostentando uma mortalha. Nenhuma tentativa para encontrar qualquer objeto sob as mesmas características tem sido bem sucedida, mas a possibilidade não foi descartada.

A reação das sombras SCP-017 sobre ela é imediata e rápida. SCP-017 salta no objeto lançando a sombra e envolve-o completamente em sua mortalha, quando então retorna ao seu tamanho normal, não deixando nenhum vestígio do objeto para trás.

Notas adicionais: pessoal com uma habilitação BETA ou superior deve ver também o documento n º 017-1.

SCP-1021 - Exit

Item #: SCP-1021

Classe Objeto: Seguro

Procedimentos especiais de contenção: Não há procedimentos de contenção especiais necessários até o momento. Todas as instâncias do SCP-1021 estão atualmente em uso em vários locais e instalações. Para a lista completa, ver adenda.

Descrição: SCP-1021 é um conjunto de 7 sinais de saída projetados no █ █ █ █ █ █ █ cinema. O efeito anômalo da SCP-1021 só vai se manifestar se for colocado diretamente sobre uma porta feita de madeira maciça, tipo e design podem variar, mas a porta deve ser sólida, sem adornos (ex. janelas). Qualquer pessoa que abrir uma porta com SCP-1021 sobre ele vão encontrar-se sair de uma saída correspondente da █ █ █ █ █ █ █ Cinema em █ █ █ █ █, MI. Cada signo do SCP-1021 pertence a uma porta específica no cinema, com a entrada principal que é a única porta, sem uma conexão.

SCP-1021 foi descoberto quando um avaliador arquitetônico visitou o █ █ █ █ █ █ █ Cinema antes sua demolição, a fim de estudar a planta e demais pontos da estrutura. Segundo a testemunha, interessou-se por uma caixa de sinais de saída pela entrada principal chamada "dump". Apaixonado pelo seu design de estilo antigo, ele pediu para poder levar consigo para seu próprio uso em casa, decorando sua porta do banheiro como uma brincadeira. Ao entrar em seu banheiro, ele encontrou-se atrás da █ █ █ █ █ █ █ Cinema sair da entrada de entrega. As mensagens de internet foram posteriormente encontradas pela Fundação de algoritmos virtuais de busca, e um agente foi enviado para investigar. Ao saber da história e vendo suas propriedades anômalas, o agente pediu reforços para o cinema, e foi então adquirido pela Fundação SCP por meio da Scenic Cultural Association, uma organização dedicada à compra e restauração de edifícios antigos incomuns. Após a administração de um amnésico Classe B para a testemunha, todos os sinais de saída foram tomados e, através do estudo, parecem corresponder a uma porta dentro do █ █ █ █ █ █ █ Cinema. O cinema em si não tem histórico de ocorrências incomuns, apesar de uma equipe pequena de segurança devem permanecer durante 1 mês e proteger o edifício.


Devido à sua natureza de classe de segurança e utilidade, todas as instâncias do SCP-1021 foram criadas em locais diferentes da Fundação para agir como uma saída de emergência, e █ █ █ █ █ █ █ Cinema foi renovado para atuar como um comando de evacuação onde o pessoal da Fundação SCP pode buscar refúgio. Os pontos de evacuação em todos os sites devem ser mantidos em uma área clara guardado por pessoal de nível de segurança 3, a fim de prevenir seu uso indevido como um método de contrabando de SCPs fora de seus locais de origem.

Adenda: Lista de SCP-1021 lugares atribuídos e porta correspondente.

1021-1Site 19Saída exterior do cinema 2
1021-2Site 4Saída exterior do cinema 3
1021-3Site 11Saída exterior do cinema 1
1021-4SCPS GuardiãoEntrada de entrega
1021-5SCPS DefensoresSaída de emergência do lobby
1021-6Armário Dr. Bright não atribuídas, as solicitações feitas através do Dr. Khouribeco de entrada de empregados
1021-7Acesso negadoAcesso negado

SCP-1018 - Os terceiros

Item #: SCP-1018

Classe Objeto: Seguro

Procedimentos de contenção especiais: SCP-1018 está contido em Unidade de Armazenamento █ █, localizado no quadrante █ █.

Todos os componentes do SCP-1018 devem ser afastados em 1m x 1m x 3m e mantidos sob a guarda de dois (2) membros de segurança em todos os momentos. Líquidos não devem ser introduzidos ao componentes SCP-1018 sem a autorização expressa de um (1) membro do pessoal de nível 3.

Descrição: SCP-1018 é a designação geral dada a um grupo de três estátuas adiante designados SCP-1018-1, SCP-1018-2 e SCP-1018-3. Todos os componentes do SCP-1018 mostram um homem magro ou idoso e são compostos principalmente de concreto e brita. Um luminescência vermelha é visível em vários pontos na superfície dos componentes SCP-1018, principalmente presentes na cabeça e na garganta. SCP-1018-1 e seu efeito anômalo é ativado pela aplicação de pressão na parte de trás do seu pescoço, enquanto SCP-1018-2 e SCP-1018-3 são ativados pelo contato com líquidos.

Quando SCP-1018-1 é ativada, a área no raio de dez (10) metros vivenciará fortes chuvas. Em situações em que SCP-1018 é ativado dentro de casa, essa chuva vai cair rapidamente no teto da estrutura. Uma análise mais aprofundada das chuvas produzidas pela SCP-1018-1 não apresenta propriedades anômalas. Esta chuva vai durar trinta (30) minutos antes abruptamente cessar. As chuvas trazidas pelo SCP-1018-1 normalmente ativam SCP-1018-2 e SCP-1018-3, quando eles estão na mesma estrutura ou próximos um do outro.

Quando SCP-1018-2 é ativado, seis (6) manifestações do que parecem ser filhos esquálidos aparecerão na área circundante SCP-1018-2. Estas crianças parecem idênticas para vários que desapareceram dois (2) meses antes da recuperação do SCP-1018. Todas as manifestações vão abordar indivíduos presentes e freneticamente a solicitação de água. Estas manifestações são incorpóreas e por isso são incapazes de consumir água, mesmo quando é fornecido a eles. Vinte e cinco (25) minutos após a activação inicial, todas as manifestações vão agarrar suas gargantas e caírem no chão, onde permanecem por mais dois (2) minutos antes de desaparecer.

SCP-1018-3 parece ter sido fortemente modificada em algum momento no passado. Várias partes da sua estrutura parecem ter sido removidos e substituídos, mais notavelmente a perna do lado esquerdo e da cabeça. Um pequeno orifício foi perfurado na orelha esquerda da estátua, sugerindo que algo foi removido ou inserido. O objetivo dessas modificações é actualmente desconhecida. Quando SCP-1018-3 é ativado, ele irá começar a falar com uma voz altamente distorcida do sexo masculino. SCP-1018-3 em geral repete a frase "Nós já estamos refrescados?" embora as variações raras sobre isso tem sido notado, como "Nós já somos deus?" e "Nous avons déjà votre âme?". Quando essas variações são faladas, a distorção da voz de SCP-1018-3 vai aumentar fortemente, com a gagueira e abrandamento do discurso ser comum. Esse discurso vai continuar por trinta (30) minutos antes de cessar.

Os componentes da SCP-1018 foram pela primeira vez recuperados quando foram ativadas a uma caridade destinada a levantar dinheiro para fornecer água limpa para aquelas em áreas problemáticas. Celular Task Force Upsilon-23 ("Críticos de Arte") foram impedidos de recuperar SCP-1018 e fê-lo sem nenhum incidente. Imagens de câmera de segurança do incidente mostram dois ativistas locais colocando os componentes SCP-1018 nos bastidores e ativando SCP-1018-1 antes de fugir. Os esforços para localizar os ativistas ainda não vingam.

sábado, 30 de junho de 2012

Silêncio

Já parou pra perceber como ficamos quietos e calados quando estamos sozinhos? Aposto que não percebeu, ao menos até agora. Até porque, não tem com quem falar, certo?
Certo?

Você escuta música, tenta rir pra disfarçar a ansiedade, mas se ficar pensando muito nisso, ah, não é bom, você vai começar a olhar pra os cantos em ansiedade, vai pensar então em falar consigo mesmo, tentar fazer alguma coisa soar a seus ouvidos, algo são, porque esses barulhos que você fica ouvindo não são muito confiáveis. De onde vem, hein? hã?
O que?

Falar consigo mesmo não foi uma ideia legal, e se alguém quiser entrar na conversa? Se alguém quiser falar algo? Você vai ouvir? Você vai saber de onde veio a voz? Vai ficar só esperando ela falar ou vai convidar gentilmente pra uma conversa? E se eu falar com você agora? Acho que vou bater na sua porta.

Mas antes me diga.

Que voz sou eu na sua cabeça? E quem são essas outras? Quando se deitar para dormir, vamos ter uma conversa.

quarta-feira, 14 de março de 2012

Buzz

Um cachorro. Ele é um vira-lata, de pelo preto e de olhos amarelos. Olhos estranhamente amarelos. Ele é encontrado abandonado, cabisbaixo e confuso, por causa que começara uma chuva, e como havia nascido nas ruas, não tinha um dono. Quando, fatalmente um carro acaba vindo em sua direção.

É assim que começa a história de Buzz. Um filhote que acabei achando no meio da estrada, em um subúrbio há 14 quadras da minha casa. Eu mal sei como consegui não matar aquele cachorro... Acho que foi pura sorte daquele asfalto não ser novo e todo esburacado que acabou salvando ele.

Inicialmente, teria saído do carro ver o "estrago"que tinha feito, mas quando percebi o filhotinho, resolvi levar para casa. Linda certamente estaria vendo a apresentação em homenagem as mães da escola das crianças. Eu não pude ir por causa do trabalho, mas acho que o vira-lata "quase" morto até que veio a calhar para conseguir alguns pontos com ela e as crianças.

Quando estava dirigindo para casa, notei que o vira-lata que achei tinha uma coleira escrito "maledicam". Uma palavra muito feia para ser o nome de um cachorro. Resolvi tirar aquela plaquinha de madeira estúpida da coleira dele e chegar em casa o mais rápido possível para preparar a surpresa para as crianças.

Às 22h as crianças e ela chegaram e eu mostrei o cachorro que estava em uma caixa com cobertores que eu arrumei improvisadamente. Linda apenas olha para meu rosto, perguntando onde havia achado o cachorro. Eu expliquei, dizendo que achei no meio da estrada, perdido na chuva e resolvi trazer como presente para as crianças.

Robert e Mary brincavam com o cachorrinho, quando um deles se vira e diz que já tinha um nome para ele: Buzz.

- Buzz? - murmurei para mim mesmo.

Eu sabia que Robert queria ser astronauta quando crescer, e que um de seus ídolos era Edwin "Buzz" Aldrin, um dos homens que pisou na Lua. Dei uma risada e a noite prosseguiu até as 23 horas, quando eu e Linda pusemos as crianças para dormir.

- John?
- Sim? - Me virei para Linda, que estava com um olhar de preocupada.
- John, sobre aquele cachorro...
- Buzz? - Disse eu, a interrompendo - Não se preocupe querida, já vou ajeitar uma consulta com o veterinário e comprar ração para cachorro... -
- Vamos ficar com ele?
- Sim. As crianças gostaram dele. Algum problema?

Linda pareca estar preocupada. Mas ignorei isso. Eu disse que ela poderia ir dormir que eu iria conferir como Buzz estava. Só foi eu deixar ele sozinho por pouco tempo que ele havia conseguido fugir da caixa e sujar a área de serviço pisando em uma possa de água suja que caiu da máquina de lavar roupas.

Dirigi meu olhar até onde as pegadas acabavam: na porta do porão, onde Buzz estava passando a pata.

- Espertinho! - Foi o que eu disse.

Peguei ele e o coloquei na caixa que seria sua casa improvisada, depois disso acabei olhando para os olhos amarelados dele. Notei que pareciam mais olhos de gato do que de um cachorro, por quão brilhantes eram... Depois de 5 minutos de nós dois se olhando, até me senti meio mal, mas ignorei a sensação e deixei a luz do corredor acesa para não deixar Buzz dormir no escuro.

Quando cheguei até o quarto, encontrei Linda já adormecida. Estranhei o fato da luz do nosso quarto já estar apagada e ela já ter caído no sono em tão pouco tempo. Só fazia 5 minutos que não nos víamos! Ela tinha sono leve, e ninguém dormia tão rápido assim! Foi aí que olhei para o relógio que indicava 03h00min da manhã! O que havia acontecido?

Eu empalideci. Desci as escadas para conferir se o relógio estava quebrado, liguei a TV no canal de vendas (cuja única utilidade é só mostrar as horas, no mínimo) e aparentemente não estava delirando: eram 03h da manhã!

Passei a mão no rosto, cansado. Desliguei a TV e fui me dirigir para cama. Olhei para a luz do corredor e vi Buzz olhando para mim com seus olhos... Verdes. Apenas mandei ele dormir e fui para a cama, quase cambaleando. Podia jurar que o cachorro continuava a olhar para mim...

Depois daquela noite, tudo correu normalmente em minha casa. Quando me levantei (extremamente esgotado, mas nada que um banho não resolva) e fui tomar o café da manhã, falei com Linda sobre o que aconteceu ontem.

- Sim. Após esperar você por 30 minutos para vir se deitar, fui chamar você para deitar e acabei encontrando você, escrevendo algo na escrivaninha. Eu fui me aproximar para te chamar para deitar, mas você nem virou a cara para mim e disse que tinha que fazer algo importante e que já estava indo.

Apenas empalideci. Eu não fiz aquilo! Apenas coloquei Buzz para dormir! Eu não queria preocupar Linda, por isso, guardei para mim a experiência daquela noite. Naquele dia, após eu sair do trabalho, às 17h eu levei Buzz para o veterinário examiná-lo, dar as vacinas que precisava e comprar a ração de cachorro dele.

Alguns meses depois, fui procurar um psiquiatra para falar sobre o que havia acontecido naquela noite e que suspeitava que fosse sonâmbulo, apesar de não haver histórico na família. Comecei a tomar um remédio para tratar disso.

Os meses se tornaram anos, e quando menos esperava, aquele cachorro estranho que achei naquela noite de chuva já estava com 5 anos de idade. Me surpreende de quão grandes ficam os cachorros ao passar dos tempos... bem, Buzz não era lá tão grande, mas servia bem de companhia para alegrar nossa casa.

Em 5 anos bastante coisa muda, e meus filhos já tinham 9 e 8 anos. Acredito que com o passar desses anos, sinto que meus filhos estão mais distantes de mim, e Linda não parece tão feliz quanto antes. Parece até que nossa relação é um "trabalho" que deve ser enfrentado goste ou não.

Pelo menos, eu e o cachorro tínhamos uma boa relação. Ah... Mas que idiotice. É uma puta ironia eu conseguir me relacionar melhor com um animal do que com minha própria família...

De qualquer forma, já era natal e os pais de Linda iriam fazer a ceia de véspera conosco. Eu peguei minha câmera e fui tirar umas fotos de nossa família. Tirei uma de Robert e Mary juntos na árvore de natal e algumas fotos de Linda preparando a ceia com minha sogra. Ela ficou incomodada, mas deu um sorriso tímido... Essa era a vantagem de se casar com alguém: você sempre sabe quando ele/ela está encabulado.

Tirando tantas fotos, olhei para meu amigo, Buzz e pensei: "Oras! Nunca tirei uma foto dele!". Buzz estava encarando a TV quando eu dei um assovio e disse:

- Diga xis, amigão!

Ele rapidamente me encarou e eu apertei do botão de tirar foto. Depois era só ver se ele saiu bem na foto. Se bem que para revelar o filme da câmera levaria um tempo... Poderia deixar para depois do natal.

Linda veio até mim e pediu pra que ligasse a câmera. Coloquei a câmera ligada no tripé e começamos a oração, depois eu a peguei e fui gravando comentários dos familiares... Até que fui gravar um pouco Buzz e notei que ele estava batendo a pata naquela porta que levava até o porão. Ao me perceber, Buzz olhou para mim por um tempo. Foi aí que também olhei fixamente em seus olhos e percebi que eles eram verdes... Um verde vidrante... Eles não eram amarelos? Acabei ouvindo a voz de Linda:

- Pare de brincar com o cachorro e venha fazer o amigo secreto!

Coloquei a câmera no tripé e fui participar da brincadeira. Se prolongou até a 00h, quando os pais de Linda já haviam ido e eu estava pondo as crianças para dormir, avisando aquela coisa de que se não dormissem, Papai Noel não iria dar presentes para eles.

Às 01h15min da manhã Linda foi dormir e eu fui colocar Buzz para fora, dizendo que subiria logo em seguida. Após isso, deixei Buzz em sua casinha no fundo do quintal e fui cambaleando até para dentro. Porém, fiquei encarando Buzz por um tempo de longe, até perceber que seus olhos verdes acabaram brilhando, como um flash de câmera! Eu fiquei paralisado, tentando entender enquanto olhava para o meu cachorro. Entrei em casa, me arrastando de pânico e olhando para os olhos do cachorro pela tela, que não paravam de piscar.

Depois de mais um flash acabei apagando.

No outro dia, acordei todo sujo de terra e confuso. Olhei para meu relógio e eram 05h30min... Como??? Aconteceu de novo? Estava tão confuso mentalmente que nem me dei conta que estava no porão. Olhei ao meu redor e eu havia feito um buraco de 2 metros de profundidade no porão e havia arrancado tábuas e destruído móveis para fazer isso! Onde raios arrumei uma pá? O que eu exatamente fiz?

Com a visão turva e esgotado, olhei para cima da escadaria e ouvi o barulho de algo arranhando a porta. Abri ela e vi que era Buzz, batendo nela. Fiquei pálido e esperei até que ele me encarasse.

O cachorro apenas se deitou ao lado da porta. Dentro de casa estava cheia de terra, porém, a sala de estar e a escadaria não estavam sujas. Parecia que eu peguei uma pá e fui direto para o porão noite passada e fiquei cavando esse tempo todo. Quem fez isso? Buzz? Não pode ser...

E limpei rápido o tapete sujo de terra para não levantar suspeitas. Quando estava limpando, fui até a área de serviço lavar as mãos e me deparei com sangue! Tinha um corpo desmembrado de um homem que estava coberto por panos encharcados! Eu coloquei a mão na minha cabeça, tentando não olhar e vomitar.

Corri para o porão, tentando descobrir por que eu havia cavado um buraco tão fundo e o que um cadáver fazia em minha casa... Foi aí que me espantei que aquilo não era um buraco, e sim uma cova! Tinha o nome da minha esposa e de meus dois filhos escrito em cada uma. Fui verificar um quarto buraco e percebi que aquele não havia sido feito para alguém ser enterrado, mas sim que era alguma coisa que estava procurando.

Ainda transtornado, percebi que quanto mais perto do buraco eu chegava, meu nervosismo era substituído por um sentimento de dever: eu TINHA que continuar a cavar.

Cavei até encontrar um livro. Muito estranho e de metal.

Peguei o livro e percebi que haviam dois olhos verdes nele e uma escrita esquisita. Quando fui abrir ele, ouvi uma voz estranha atrás de mim.

- Eu não faria isso se fosse você...
- Mas que diabos!!!

Era BUZZ! Ele estava com seus olhos verdes olhando para mim. Ele sequer precisava abrir a boca para falar comigo. Era como se sua voz ecoasse em minha cabeça.

- John. Como meu servo, dê-me o livro para depois poder entregar teu corpo para mim.
- Mas quem é você???
- Eu sou a Beliel, a coisa que você não matou. Levei 200 anos para possuir este corpo e poder promover a grande revolução neste mundo. Mas você não me atropelou e me levou para um lugar cheio de almas para poder me alimentar. Você aceitou ser meu servo John. Agora, dê-me o livro.

Eu estava transtornado. Começou a tudo ficar turvo quando olhei para os olhos verdes de Buzz. Até que finalmente, eu parei. Fechei os olhos e quando os abri de novo, meus olhos ficaram com um brilho verde anormal.

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Um jornal local, um mês depois teria postado uma notícia sobre uma onda de assassinatos durante o mês de janeiro/dezembro.

Todos os assassinatos tinham um padrão, pois as vítimas eram selecionadas, levadas ainda vivas até um porão e colocadas em um buraco de 10 metros de profundidade.

Quem teria cavado o buraco era John, o autor de todos os assassinatos. Ele fez 29 vítimas no total, incluindo sua família, amigos e conhecidos. A última pessoa ele deixou viva apenas como uma testemunha de seus atos.

Segundo ela, após ele ter agredido fisicamente, John a fez olhar fixamente a seus olhos brilhantes verdes... O seu rosto era frio e sem sentimentos. Depois ele se encostou na parede, assoviou para que seu cachorro Buzz, viesse até o seu colo e em um piscar de olhos, a vítima perdeu eles de vista. No lugar deles, apenas ficou um círculo cheio de números aleatórios no lugar.

Depois daquele dia, John ficou conhecido como "Assassino dos olhos brilhantes". A polícia revirou sua casa e apenas encontraram uma foto muito intrigante, mostrando seu cachorro, Buzz na véspera de seus assassinatos.



Boatos surgiram sobre pessoas passarem mal e não sentirem o tempo passar ao olhar para a imagem. Outros dizem que o cachorro da foto olha no fundo de sua alma, vendo seus desejos e seus podres, e que ocasionalmente, ele pode te ceder tais coisas, se você aceitar ser servo dele.

Quando John e Buzz são vistos por alguém, geralmente acontecem infortúnios para quem os avista. John sempre está feliz, acariciando Buzz. Ambos estão com seus olhos verdes-brilhantes e seus rostos mostram expressões maléficas antes de sumirem em um piscar de olhos.

Wyoming Incident



Wyoming Incident foi o nome dado a uma suposta invasão de um hacker em uma rede de televisão americana em pleno horário nobre. Faltando apenas 45 minutos para a meia noite, um vídeo um tanto estranho de 6 minutos foi posto no lugar da programação.

As pessoas que assistiram ficaram perplexas e muito apavoradas com o vídeo, muitos relataram náuseas, dores de cabeça e dentre outros sintomas nas semanas seguintes após terem assistido o vídeo.

Ele contém imagens completamente desconexas e sem sentido. A maioria das pessoas que viram o vídeo relataram a sensação de estarem sendo observadas por algo ou alguém.

Além das imagens, há mensagens como "você pode perder tudo", "você não pode se esconder" e "existe verdade na ficção".

E aí? Vai ver o vídeo ou vai se esconder?

Veja a seguir a transmissão que ficou conhecida como The Wyoming Incident:



PS: Ironicamente, eu não "vi coisas bonitas" como diz o vídeo.

Centralia, a verdadeira Silent Hill

A cidade de Centralia, localizada na Pensilvânia é conhecida por pouca gente, mas atrai bastante curiosidade, principalmente pela sua história e características que a tornam um tanto única.

Mas antes, uma breve apresentação da cidadezinha que está localizada na Pensilvânia e que possuía cerca de 2000 habitantes. A cidadezinha vivia da mineração, até um acidente ter acontecido e ter feito todo o carvão do subsolo queimar.

Com explosões, rachaduras e incêndios incontroláveis, os Estados Unidos tentaram conter as chamas até finalmente, só restar a alternativa de evacuar a cidade.

Atualmente ela só contém 10 habitantes e é coberta por um nevoeiro que vem das rachaduras que saem do subsolo, de onde o carvão está queimando.

Uma das histórias mais conhecidas e contadas sobre Centralia é a de um garoto de 11 anos estar caminhando na cidade até que um buraco se abriu por baixo de seus pés, o levando para baixo. O garoto foi salvo por um amigo que estava com ele. O garoto ainda comentou que quando estava caindo se sentia no inferno.

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Agora chego ao objetivo. Nevoeiro, rachaduras, buracos que obstruem ruas e uma cidade fantasma. Isso está se parecendo muito com Silent Hill!

Vai saber se a Konami não se inspirou na história de Centralia para a cidadezinha onde as pessoas são mandadas para "pagarem seus pecados"? O que importa é que Centralia é considerada um lugar perigoso, e qualquer um que passe por lá vai se deparar com placas como "Cuidado! Perigo de morte!".

A seguir, algumas fotos de Centralia. Alguém topa fazer um tour?